Pontotech: união de chapas a frio para a indústria automotiva
- Alex Michels
- 29 de out.
- 5 min de leitura

O novo paradigma na união de chapas
A engenharia automotiva moderna vive um ponto de inflexão. Entre os desafios crescentes da sustentabilidade, a pressão por desempenho e a necessidade de reduzir peso sem abrir mão da segurança, surge uma questão central na linha de produção: como unir diferentes metais de maneira eficiente, segura e compatível com altos volumes de produção?
Nesse contexto, a GPTECH se destaca ao oferecer uma solução consolidada e inovadora: Pontotech, o processo exclusivo da empresa baseado na tecnologia de clinch. Trata-se de uma forma de união a frio que tem conquistado espaço na indústria automotiva por reunir atributos difíceis de encontrar em um único processo: repetibilidade, eficiência energética, baixa manutenção, segurança operacional e, principalmente, flexibilidade na união de materiais diferentes.
Este artigo é dedicado a explorar a fundo o universo do Pontotech. Vamos entender como ele funciona, por que está ganhando protagonismo em montadoras e sistemistas e como a GPTECH tem levado essa tecnologia a novos patamares com engenharia 100% nacional e foco total em personalização.
O que é o Pontotech
O Pontotech é o nome registrado pela GPTECH para sua tecnologia de clinch, também conhecida como união a frio por conformação. Ao contrário de processos tradicionais como soldagem por resistência, parafusamento ou rebitagem, o clinch não utiliza calor, nem insumos adicionais. Ele depende exclusivamente de uma ação mecânica precisa entre um punção e uma matriz para unir as chapas.
A união ocorre por deformação localizada: o punção empurra uma das chapas contra a outra, que é apoiada por uma matriz especialmente desenhada. O metal flui de forma controlada, criando um ponto de travamento mecânico entre as partes, sem cortar ou perfurar o material.
Princípios da união a frio
Sem calor: elimina riscos de distorção térmica, oxidação e formação de zonas afetadas pelo calor. Preserva as propriedades mecânicas e dimensionais das chapas, garantindo encaixes precisos mesmo após longas cadências de produção.
Sem consumíveis: não exige rebites, parafusos, colas ou outros elementos externos. Isso simplifica o almoxarifado e reduz paradas, impactando diretamente o custo total da união e a previsibilidade do OEE.
Sem fumaça, sem faíscas: processo limpo e seguro, ideal para ambientes com restrições de segurança ou controle ambiental. Melhora as condições ergonômicas do posto e facilita a conformidade com normas de saúde ocupacional e diretrizes ESG.
O resultado é uma união robusta, com alta resistência ao cisalhamento e à separação, e com estabilidade dimensional mesmo após milhares de ciclos produtivos.
Aplicações na indústria automotiva
A tecnologia Pontotech tem se mostrado extremamente eficaz em uma variedade de componentes e montagens veiculares. Isso inclui desde estruturas leves até partes críticas da carroceria. Entre os exemplos mais comuns:
Body-in-White (BIW): painéis de carroceria onde peso e rigidez são fatores essenciais.
Portas e capôs: permitem montagem sem danificar revestimentos anticorrosivos ou pintura.
Bandejas de baterias para veículos elétricos: combinação de alumínio e aço com vedação garantida.
Painéis internos e suportes de acabamento: reduz complexidade e facilita a montagem final.
A flexibilidade da tecnologia também permite unir materiais dissimilares, como aço com alumínio, sem gerar galvanização cruzada ou danos térmicos.
Benefícios industriais
Eficiência energética
O sistema Pontotech opera com acionamento pneumático ou hidráulico, sem necessidade de corrente elétrica direta para gerar calor. Isso resulta em baixo consumo energético, ideal para fábricas que buscam certificações ambientais ou redução de custos operacionais.
Repetibilidade e confiabilidade
Com ferramentas duráveis e controle preciso de força e deslocamento, o processo garante resultados uniformes. É ideal para linhas de montagem automatizadas, onde cada milésimo de milímetro importa.
Manutenção simplificada
As ferramentas possuem alta durabilidade, com ciclos que ultrapassam 300 mil uniões por conjunto. Além disso, a ausência de faíscas ou resíduos reduz significativamente a necessidade de limpeza e lubrificação.
Compatibilidade com superfícies tratadas
Um dos diferenciais do Pontotech é permitir a união de chapas com revestimento protetivo, galvanização ou pintura, sem comprometer essas camadas. Isso evita retrabalhos e preserva a integridade anticorrosiva dos componentes.
Casos reais de aplicação
A adoção do Pontotech tem crescido entre montadoras e fornecedores Tier 1. Em um projeto recente com uma empresa de veículos elétricos, a GPTECH forneceu uma solução completa para união de bandejas de baterias. A tecnologia permitiu eliminar parafusos, reduzir o peso da estrutura em 7 kg e cortar o tempo de ciclo em 30%.
Outro exemplo envolve a fabricação de portas de um veículo utilitário. Com o uso do Pontotech, foi possível manter o revestimento anticorrosivo intacto, eliminando a necessidade de pintura posterior e melhorando o desempenho em testes de névoa salina.
Integração com a Indústria 4.0
A tecnologia Pontotech é compatível com sistemas de monitoramento digital e controle em tempo real. É possível integrar sensores de força, deslocamento e temperatura, além de interfaces de comunicação com CLPs e sistemas MES.
Isso significa que a operação pode ser rastreada, parametrizada remotamente e adaptada a diferentes ciclos produtivos com rapidez. Um diferencial fundamental em fábricas que operam com conceito de células inteligentes ou linhas flexíveis.
Sustentabilidade na união de chapas a frio (Pontotech)
Além dos ganhos técnicos, o Pontotech também entrega resultados no campo da sustentabilidade. A ausência de insumos externos e a eficiência energética contribuem diretamente para a redução de resíduos e pegada de carbono. Empresas que buscam certificações ambientais ou aderem a programas de ESG encontram nesse processo um forte aliado.
Na prática, a união a frio reduz emissões indiretas (menos demanda energética e ventilação), evita VOCs e fumos metálicos no ambiente, simplifica o descarte (não há consumíveis contaminados) e favorece a reciclabilidade ao fim de vida das peças, pois não adiciona elementos que dificultem a separação de materiais. Somado a isso, o menor uso de EPIs pesados e a redução de ruído e calor no posto de trabalho melhoram indicadores de saúde ocupacional, compondo um ciclo de produção mais limpo, seguro e alinhado a metas de descarbonização.
O diferencial GPTECH
Mais do que dominar a tecnologia, a GPTECH tem se destacado por sua capacidade de personalização. Cada equipamento é desenhado de acordo com a realidade produtiva do cliente, considerando ergonomia, espaço disponível, nível de automação desejado e características dos materiais envolvidos.
O suporte também vai além da entrega do equipamento: inclui análise de viabilidade, prototipagem, treinamentos e assistência técnica permanente. Esse pacote completo garante que o cliente obtenha o máximo retorno sobre o investimento, com mínimo risco operacional.
Considerações finais
Pontotech é muito mais que uma tecnologia de união a frio. É um novo paradigma na forma de pensar processos industriais na indústria automotiva. Unindo robustez, eficiência e sustentabilidade, a solução da GPTECH posiciona-se como uma alternativa moderna e estratégica para empresas que buscam produtividade com inteligência.
Se sua aplicação envolve união de chapas e exige performance, repetibilidade e menor custo operacional, talvez esteja na hora de conhecer o Pontotech na prática.
Perguntas frequentes sobre Pontotech (união a frio)
União a frio ajuda em metas ESG?
Sim. A união a frio com o Pontotech reduz consumo energético direto, elimina consumíveis (como rebites/colas) e não gera fumos metálicos, facilitando o controle de emissões e o descarte. Na prática, isso apoia metas de descarbonização, segurança ocupacional e economia circular em linhas automotivas.
O Pontotech mantém revestimentos anticorrosivos?
Mantém. O processo ocorre sem calor e sem remoção de material, preservando camadas protetivas (pintura, galvanização, primers) quando a aplicação é corretamente dimensionada. Isso evita retrabalhos e mantém o desempenho anticorrosivo do conjunto.
Como medir ganhos de energia na célula Pontotech?
Monitore consumo do compressor/atuadores, tempo de ciclo e taxa de retrabalho antes/depois. Indicadores simples (kWh por peça, OEE, refugos) mostram a eficiência. Quando disponível, integre sensores/CLP ao seu MES para registrar os dados por ordem e por produto.










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